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O Movimento Força Tarefa Popular está, desde o dia 11 de julho, percorrendo municípios piauienses para fiscalizar a aplicação de recursos públicos. Durante o percurso, a constatação foi de que, enquanto vários agricultores e trabalhadores rurais em vários municípios sofrem com a falta de água, as obras estruturantes para solucionar o problema estáo paralisadas.
O relatório parcial foi encaminhado à imprensa por representantes do movimento. "A XI Marcha caminha em meio a uma das maiores secas do estado do Piauí. Um fato tem sido comum nos cinco municípios já visitados: o clamor do povo por água", relata o advogado Arimatéia Dantas, um dos coordenadores do Movimento, lembrando que a Marcha já percorreu os municípios de Marcolândia, Francisco Macedo, Alegrete, Vila Nova e Campo Grande.
Segundo ele, em meio a esta "aflição", a Força-Tarefa se deparou com a paralisação de duas grandes obras federais destinadas a levar água para estes municípios e mais os de Pio IX, São Julião, Padre Marcos, Belém do Piauí. "As barragens de Estreito e Piaus com suas adutoras resolveriam grande parte das consequências da seca existentes no sertão do centro sul do Piauí. O que a XI Marcha viu ao caminhar é que o problema da seca não é da natureza e sim dos homens e seus administradores. Isto não é novidade, mas constatar com os olhos e sentimento há uma grande diferença na abordagem do problema e a busca de sua solução", lamentou, acrescentando que a realidade é "o retrato da ineficiência das políticas públicas".
Agora, a partir da constatação, a Força Tarefa Popular já admite a possibilidade de criar o movimento "Água Já". O objetivo
é articular junto com a sociedade civil dos municípios da região das barragens de Estreito, Piaus e Poço do Marruá a reivindicação da conclusão das obras das adutoras. "A comissão vai fiscalizá- las cobrando informações ao DNOCS sobre os motivos da demora e paralisação das obras", adianta Dantas, acrescentando que a Comissão é formada por moradores das próprias comunidades que seriam beneficiadas com as adutoras.
O "Movimento Água Já" elaborou um documento que será entregue ao diretor do DNOCS, José Carvalho Rufino, quando a marcha retornar à Teresina. "Vamos fazer uma grande Marcha da Água, caso o DNOCS e o Governo Federal não apresente uma solução rápida para o problema. Dependendo das ações do Governo o povo da região vai se articular para uma grande marcha sem data para voltar. O problema da seca agora entra na pauta de lutas com mais vigor social e mobilização de massa. Torcemos que não precise de ações mais radicais. Os pés que buscam água, também podem marchar", finaliza o coordenador.
Fonte:Jornal O DIA
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Em meio à estiagem, obras de combate a seca estão paradas no Piauí
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