A casa do estudante Arílson Arraes na cidade de Araripina, no sertão pernambucano, tem apenas 16 metros quadrados. O espaço, que tem um único quarto, é pequeno para ele, a mãe, o pai e a irmã, mas abriga um sonho do tamanho de um continente. Ou melhor, de todos os continentes que já sediaram uma Copa do Mundo. Foi lá que o jovem pernambucano, de 16 anos, embarcou nos primeiros livros e jornais e se tornou um especialista em mundiais.
Diferentemente dos outros garotos de sua idade, Arílson nunca jogou futebol. Ele caiu do berço quando tinha seis meses e desenvolveu uma lesão na coluna que o impossibilitou de correr pelos gramados atrás de uma bola. Em vez de lamentar, ele aproveitou as horas de lazer para se tornar um ávido consumidor de livros, jornais e revistas. Assim, transformou-se em uma verdadeira enciclopédia viva sobre Copas do Mundo.
O vasto conhecimento sobre os torneios mundiais tornou Arílson uma celebridade em Araripina, distante cerca de 700 km do Recife. Basta andar pela rua para logo ser indagado por algum morador da cidade sobre a Copa do Mundo. Sem titubear, ele responde a cada um dos questionamentos prontamente.
- A primeira Copa foi no Uruguai. A campeã da Copa de 54 foi a Alemanha Ocidental. Ela ganhou da Hungria, que era a seleção mais forte do torneio – responde, enquanto passeia pela rua principal de Araripina e é questionado por alguns moradores da cidade.
O vasto conhecimento sobre os torneios mundiais tornou Arílson uma celebridade em Araripina, distante cerca de 700 km do Recife. Basta andar pela rua para logo ser indagado por algum morador da cidade sobre a Copa do Mundo. Sem titubear, ele responde a cada um dos questionamentos prontamente.
- A primeira Copa foi no Uruguai. A campeã da Copa de 54 foi a Alemanha Ocidental. Ela ganhou da Hungria, que era a seleção mais forte do torneio – responde, enquanto passeia pela rua principal de Araripina e é questionado por alguns moradores da cidade.
Apesar do conhecimento, Arílson nunca assistiu a um jogo da seleção brasileira e muito menos da Copa do Mundo. A família do jovem sertanejo nunca teve condições de levá-lo para o Recife, onde o Brasil já atuou. Os jogos de futebol se restringem apenas ao time local, que participa do Campeonato Pernambucano.
Mas, com pouco mais de um mês para a Copa das Confederações, Arílson foi brindado pelo seu amor ao futebol e à leitura. Umempresário de São Paulo tomou conhecimento da capacidade do estudante e resolveu premiá-lo com um ingresso para o jogo entre o Brasil e a Itália na Copa das Confederações. A partida será no dia 22 de junho em Salvador e, quando a Seleção entrar em campo, Arílson estará na Fonte Nova para ver boa parte dos seus ídolos de perto.
- A emoção é muito grande – diz, feliz da vida, para logo mostrar que entende mesmo tudo sobre Copa do Mundo:
- O Brasil vai enfrentar a Itália, que é tetracampeã. Ela ganhou nos anos de 1934, 1938, 1982 e 2006.
- A emoção é muito grande – diz, feliz da vida, para logo mostrar que entende mesmo tudo sobre Copa do Mundo:
- O Brasil vai enfrentar a Itália, que é tetracampeã. Ela ganhou nos anos de 1934, 1938, 1982 e 2006.
Renato Sarzano, o empresário que presenteou Arílson, saiu de São Paulo, foi para o Recife e percorreu os 681 km que separam a capital pernambucana de Araripina para entregar pessoalmente o presente a Arílson. E não ficou apenas nisso.
- Quero convidá-lo para que ele seja colaborador do site da minha empresa e escreva sobre Copa do Mundo.
O convite foi prontamente aceito e partir deste mês Arílson irá juntar suas maiores paixões: o futebol e a literatura. O adolescente, que lê uma média de 70 livros por ano e já ganhou três medalhas da escola por ser o aluno que mais leu livros, poderá fazer mais um gol de placa na vida.
- Quero convidá-lo para que ele seja colaborador do site da minha empresa e escreva sobre Copa do Mundo.
O convite foi prontamente aceito e partir deste mês Arílson irá juntar suas maiores paixões: o futebol e a literatura. O adolescente, que lê uma média de 70 livros por ano e já ganhou três medalhas da escola por ser o aluno que mais leu livros, poderá fazer mais um gol de placa na vida.
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Edivan Gonçalves