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Marcolândia

Marcolândia

VEJA um dos muitos problemas vividos por famílias onde estão sendo implantados parque eólicos nos estados de Pernambuco e Piauí

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

/ Edivan Gonçalves
O registro é da Zenone FraissatFolhapress, e foi feito num Vilarejo de Araripina que sofre com a falta de energia, mesmo ao lado de um projeto eólico. A matéria é da Nicola Pamplona/Zenone Fraissat, enviadas especiais da Folha de São Paulo para os estados do Piauí e Pernambuco.
Sentada em frente de casa, num lugar conhecido como Serra do Inácio, na divisa entre Piauí e Pernambuco, a aposentada Altina Maria da Costa, 74 anos, reclama do barulho dos gigantescos aerogeradores, localizados a pouco mais de 200 metros: "Ave Maria! Tem dia que a gente nem dorme com elas zoando aí. É uma zoada horrível!".
A aposentada de 74 anos é uma das, conforme a matéria da Nicola Pamplona, mora há 15 anos na localidade. Ela é uma das últimas remanescentes da redondeza, depois que 73 famílias foram indenizadas para deixar suas casas para a implantação das 98 torres.
"Continuamos aqui tomando poeiras, renovado gripe", conta a aposentada Altina Maria da Costa, que recusou a oferta para deixar o local.
A casa de três cômodos está cercada por aerogeradores, mas não tem luz. "De noite, a gente usa é vela mesmo", disse a aposentada Altina Maria da Costa, 74 anos, que foi entrevista também por Portal Novos Tempos.
A residência da senhora Altina Maria da Costa está localizada em Curral Novo do Piauí, e é uma das 27,5 mil casas sem eletricidade no estado do Piauí, onde proliferam as torres eólicas e começam a aparecer os primeiros parques solares.
"Se tivesse energia dava para botar uma geladeira, né? Aqui o cabra compra umas frutinhas no domingo e tem de comer em dois dias", disse a aposentada Altina Maria da Costa.
Na região, mesmo que tem acesso a energia reclama da falta de luz. "Quando cai um raio em São Paulo, apaga a luz aqui", brinca o desempregado José Gregório, 60 anos, morador de Pailistana, Piauí.
A eletrobras do Piauí, conforme a matéria da Nicola Pamplona, reconhece o problema. A estatal diz que a linha de transmissão que atende a região está sobrecarregada, mas vem tomando medidas para melhorar o fornecimento.
"Tem dia aqui que a gente liga o ventilador e para tudo de funcionar", reclama Edilson Oliveira de Carvalho, 45 anos, que reside em Simões, local de onde se vê os aerogeradores no alto do da Serra.
Adauto Ferreira - Portal Novos Tempos - Fonte: www1.folha.uol.com.br

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