— Vou ser ministro, sim — afirmou ao GLOBO o senador, dizendo que caberá a Bolsonaro anunciar se realmente assumirá a área social do governo ou se ocupará um posto mais próximo ao presidente, no caso a Secretaria Geral da Presidência. — Onde eu estiver, eu estarei perto dele. Ele vai anunciar — disse Malta.
Na quinta-feira, ele teve uma reunião na casa do Bolsonaro para discutir seu futuro político. Em conversa com interlocutores, Bolsonaro tem demonstrado intenção de entregar a Malta as atribuições dos ministérios do Desenvolvimento Social e Direitos Humanos. A avaliação é que a atuação de Malta à frente da CPI da Pedofilia o credencia para a função.
Até agora, há quatro ministros confirmados: o juiz Sergio Moro (Justiça), o economista Paulo Guedes (Economia), o general Augusto Heleno (Defesa) e o astronauto Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia).
O futuro de Magno Malta - aliado de Bolsonaro de longa data que saiu derrotado nas urnas em busca da reeleição - virou motivo de debate entre integrantes do grupo que sustentou a campanha. Para alguns, o senador não tem espaço no futuro governo.
— Quem decidiu isso de não ser vice não fui eu sozinho, fomos nós dois. Então, eu não quero responder ninguém em jornal, quem chegou no “ônibus’ depois — disse Magno Malta, sem citar nominalmente o vice-presidente eleito, general Hamilton Mourão, que, recentemente, fez duras críticas a ele.
Mourão, escolhido como vice de Bolsonaro no último dia para formação da chapa para a disputa do Planalto, disse, nesta semana, que Malta é um “caso” a ser resolvido no governo de Bolsonaro.
— Ele deve estar à procura (de um ministério). É aquela história, ele desistiu de ser vice do Bolsonaro para dizer que ia ganhar a eleição para senador lá no Espírito Santo. Agora ele é um elefante que está colocado no meio da sala e tem que arrumar, né? É um camelo, é preciso arrumar um deserto para esse camelo — diz Mourão.
O senador reafirmou que está com Bolsonaro há anos e disse que foi o primeiro aliado a encampar a candidatura do capitão do Exército para o Planalto.
Malta atribuiu a sua derrrota nas urnas ao fato de ter priorizado a campanha de Bolsonaro, após o então candidato ter sofrido um atentado no início de setembro em Juiz de Fora, em Minas Gerais. O senador diz que apenas ele poderia assumir o papel de Bolsonaro.
— Era muito mais importante eu no Senado, mas nós não contávamos com uma facada no meio do caminho. Depois da facada, quem foi cumprir o papel dele (Bolsonaro) pelo Brasil? Eu tive que assumir. Não podia ser ninguém, tinha que ser eu — disse senador. — É isso que as pessoas não conseguem entender. Quem dirige a história é Deus. Se não tivesse facada no meio do caminho, eu também tinha ganho no meu estado — completou.
Fonte: Meio Norte

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